segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Um Tempo

E a felicidade da gente vem de se alegrar com muito menos do que as outras pessoas. Mas não um "menos" de "menos doce", "menos bonito" ou "menos carinho". Pelo contrário. É menos porque todo mundo já nasce sabendo amar, e não a trabalhar, ter, comprar ou ser. Pra isso somos feitos. E me faria feliz com tão pouco que tenho até medo de dizer. Entrego então à manhã de sol, os carinhos de um entardecer na chuva. E à grama seca, os cuidados das roupas molhadas. De tão sereno que nem se mede. E chama. E pede. Por um tempo, pra poder viver no mundo e viajar em casa. Pra fazer paz e dela viver também. Pra distância entre a cama e um copo d'água ser a maior saudade do dia. Ria. Que riso tem sede, meu bem.