sábado, 22 de setembro de 2012

É Vinicius

É Vinicius, bom é ser mesmo de uma mulher só
De um só amor doce, feito lente em pó
Da serenidade mansa que a gente sente voltando pra casa
Sereno, primo primeiro do ameno.

Mas e as paixões?
Ah, o que me diz das paixões?
Sei... Sei... "O grito é a medida do abismo..."
Mas esse aqui tem prateleira!
E em cada uma um canto vinda beira
A findar meus ecos vis
Ao cantar tal céu rosado em meio a estrelas-de-anis.

E agora Senhor Homem de Uma Só Mulher?
Me diz com qual colher
Me diz com qual medida
Me diz mais! Muito mais! Mais da vida!

Porque desde que o sereno
Virou sobrinho do molhado
Molha mais meu papel da escrita
Onde ficava a poesia
Do meu acordar sublimizado
Da minha paixão de não medida
Nem por colher... Nem por Grito... Nem por poesia.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Azul e Amarelo

E ao mar ela vai. Faz de conta um certo horizonte. Conta as conchas e depois trás de monte, começando um riso daqueles que vem de olhar. Cai a linha que divide abismo e mar, pra ela entrar. "Quem decifra o fascínio involuntário causado por um simples prender de cabelos". Então não mais que de repente, o mar agora é dela. Que busca o imenso no momento em que me rendo, e que busca o que é raro num simples movimento. Dançando na luz branca que carrega pra cima e pra baixo e que usa de manta, esticando o pescoço e erguendo os braços sem propósito algum, se não o de causar os encantos que ninguém controla. Pobre do poeta, parece até que voltou pra escola. É que o encanto é mesmo belo. "É vero". E o mar que era azul, agora é azul e amarelo.

sábado, 1 de setembro de 2012

Assim Sessa

Isso! Um laço azul
Levo a fita do fundo do baú
E pra nó(s), um laço só
Quem diria
Que aquele que espera
E esperava certo dia
Viu que de certo
Só quer que ela ria
E que exista
O tal dia

E então, qual vai ser?
O de cabeça baixa e olho fechado?
Aquele despreocupado?
Ou o meu preferido
Por favor
Seja esse riso
Aberto e de queixo em pé
Que faz ventar até
E que explode no rosto de quem teve a sorte
Sorte
Palavra de choro é que não é

Assim, a gente vive em sonho
E dorme na vida
Querendo acordar o dia
Em que o amargo já se foi
Venturando ao doce
Do que sempre tem seu depois
E tanto faz que a vida passe depressa
Pois essa
Adoça o amargo até de mais dois
Fiz o laço
E assim sessa