domingo, 23 de junho de 2013

Aqui

E é aqui o lugar onde eu me encontro mais. Um plano simples e sem fim onde os olhos mal vêem a dobra do horizonte adiante. Simples, porque nada é mais simples do que algo que não tem fim, que apenas existe e que não tem pressa de acabar, de ver o mundo dobrar. É aqui onde passeio entre o palpável e o intangível inimaginável, presentes nos meus mais doces devaneios, que de tão reais, faz-se real também seu refujo. Aqui tenho a calmaria de um milhão de sóis na temperatura de um cobertor e tenho a paz do vento mais lento onde deito. A primavera pendurada de enfeite a cima da cabeça e o mundo em cartaz me levando pra viajar e dizendo: "Sai de casa! Pega a estrada". Me acordem, não me acordem. Me acordem, não me acordem. Me acordem. Me acorda! Mas só se for pra viver de verdade, pois prefiro meus sóis, ventos e primaveras, a viver sem perceber, a viver pela metade.

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