quinta-feira, 15 de março de 2012

Boneco de Pano

Somos todos bonecos de pano
Até o momento em que cuspimos pra fora a essência extremada que nos prende ao chão
Pra deixar de ser boneco
Pra deixar de seguir a canção cantada por nós em forma de oração
Que nos prende ao chão!
E cessar nossa caminhada em forma de marcha comandada
Por alguém que não gosta de doce
Pra começar a dançar a melodia improvisada que sai da caminhada duvidosa

Isso!
Bebeis o fel da dúvida!
E percebeis e gritais teu gosto!
Não julgar
Apenas sentir
Quem sabe desarranja!
Quem sabe vira samba!
De desarranjo o mundo tá cheio
De samba bonito nem tanto, receio

E dançar
E sujar o dedo de tinta pra achar que ele também pinta
E pintar
E se expressar
E ajoelhar
E despejar-se toda hora do teu corpo (que é alugado)
Pra ver se você ainda volta
Pra ver se acha o aluguel caro

E achar bonito a arte
Sim
E fazer arte
Sim
E fazer parte
Sim
Ser mais arte
A mim
Ser mais mundo
Ser mais "eu"!
E no fim
Ver que o mundo é meu

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