segunda-feira, 12 de março de 2012

Cruzar de Pernas

Eternidade ouvi dizer, tartufia ou não tal ousadia
Que pra sempre é o pra sempre dos diamantes
Admirar-ia
Ajoelhar-ia
Implorar-ia
Amar-te-ia
Se me fizestes deste o para sempre dos amantes

Eternidade que escorre a cada adeus, diria
Se não
Por transbordar
Sim
Por derreter
Doces teus lábios, quando partem
No meio do meu dia-a-dia

Desculpas pedidas, desculpas sofridas
Derivadas do querer
Desculpas mudas, as bonitas de se ver
Como o silêncio de uma mulher
A melhor parte
E a doce ilusão
É adivinhar o que ela quer

Afinal
Não esperamos nada que não valha um cruzar de pernas
Venturado
Espero infinitamente mais
Bem mais!
Da arte
E por ter visto há muito o riso chorar
E por ter visto há muito o choro rir
Em toda parte

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